sábado, 12 de maio de 2012

Ler faz bem ou mal?

   Sempre ouvimos e lemos em diversos locais sobre o bem que a leitura nos proporciona. Ler faz bem à alma (nome deste blog), à mente, à saúde... e, o mal que a leitura pode ocasionar; você já leu ou ouviu algo relacionado a esse tema?
   Há algum tempo eu venho pensando sobre isso e, em uma de minhas viagens pelo mundo virtual, encontrei um artigo bem interessante sobre o bem e o mal de ser ler. Eu adoro ler e leio de tudo; livros, revistas, jornais, propaganda... e até bula de remédios, e sou a primeira a erguer a bandeira da leitura e gritar aos quatro cantos que ler faz muitíssimo bem, mas, como tudo nessa vida tem seu lado bom e ruim, ler não podia ser diferente.
   O autor deste artigo é Antonio Ozaí da Silva, docente na Universidade Estadual de Maringá/PR, doutorado em Educação (FEUSP) e membro do Núcleo de Estudos de Ideologia e Lutas Sociais (NEILS-PUC/SP). Antonio relata seu amor pela leitura, e descreve sobre o mal que a mesma pode ocasionar ao leitor, citando, como exemplo, autores e indivíduos que enlouquecera por lerem em excesso.
   O Artigo tem um texto bem elaborado, porém é um pouco extenso e, como sei que muitos, ao se depararem com um texto tão longo já o descartam de primeira, vou citar aqui no blog alguns trechos que achei interessante. O link para a leitura completa do artigo é este aqui, aos que não se intimidam com vários parágrafos repletos de palavrinhas, boa leitura! 

"Como é grato e nos enche de contentamento descobrir, em meio aos milhares de exemplares, um livro que nos chama a atenção, que nos convida à leitura ou simplesmente contribui para o nosso engrandecimento intelectual."


"Forma e conteúdo amalgamam-se e nos remete para além do nosso ser."


"...detenho-me com admiração diante das palavras esculpidas no papel. Sim, trata-se mesmo de uma obra de arte! São palavras que marcam profundamente o ser, que nos fazem refletir sobre a beleza e a simplicidade do viver."


"Com efeito, o embaraço linguístico é, em geral, um exercício de arrogância, de pose acadêmica, relacionado à necessidade do intelectual em querer firmar-se pelo status."


"Admiro, sobretudo, a capacidade dos que escrevem de maneira bela e inteligível sobre a complexidade da vida. Os que expressam as tragédias e alegrias humanas, com as quais, em qualquer época e lugar, nos identificamos. No fundo, mudam os tempos, os costumes e os governos, mas, em essência, permanecemos os mesmos. Daí a admiração em relação a estes autores que compreendem a alma humana. Seus personagens nos dizem respeito; é da vida que eles nos falam."


"A literatura arrebata o espírito e nos permite um aprendizado prazeroso em todos os aspectos: histórico, político, social, cultural etc."


"...não quero tornar-me um “camundongo comedor de papiros” e sucumbir à realidade dos livros. Receio que a vida, em toda a sua plenitude, com o belo e o horripilante, o bem e o mal, o agradável e o execrável, as pequenas alegrias e as enormes tristezas etc., se esvaeça e se restrinja ao mundo imaginário e fantasmagórico dos personagens e situações descritas nos livros."


“É que não se pensa em nada (...), e as horas passam. Sem se sair do lugar, passeia-se por países imaginários, e o pensamento, enlaçando-se com a ficção, demora-se em pormenores, segue o contorno das aventuras. A gente roça pelos personagens e até parece que se palpita sob os seus trajes”. (Flaubert, 2003: 102-103)"


"...Dom Quixote, de tanto ler, enlouqueceu."

"E então esquecemos de nós próprios e mergulhamos no mundo dos livros..."


"Sorte de quem percebe o risco do delírio causado pelo excesso de leituras ou tem um amigo que lhe adverte do mal que padece."


"O leitor obsessivo sacraliza os livros, transforma-os em seu código de conduta, seu assunto permanente, faz desta relação uma espécie de culto ao erudito."


"Ler é essencial, prazeroso e nos faz bem. Porém, pode fazer muito mal. Depende da nossa capacidade de interagir com a realidade que nos cerca, de não nos deixarmos cair na tentação elitista e desconsiderar o mundo e a cultura não erudita."

quarta-feira, 9 de maio de 2012

"Anjos e Demônios", Dan Brown.



Ficha técnica

Título: Anjos e Demônios
Autor: Dan Brown
Tradução de: Maria Luiza Newlands da Silveira
Editora: Sextante
Número de páginas: 461
Gênero: Ficção americana

Sinopse (Retirada do próprio livro)

   Antes de decifrar O Código Da Vinci, Robert Langdon, o famoso professor de Simbologia de Harvard, vive sua primeira aventura em Anjos e Demônios, quando tenta impedir que uma antiga sociedade destrua a Cidade do Vaticano.
   As vésperas do conclave que vai eleger o novo Papa, Langdon é chamado às pressas para analisar um misterioso símbolo marcado a fogo no peito de um físico assassinado em um grande centro de pesquisa na Suíça.
   Ele descobre indícios de algo inimaginável, a assinatura macabra no corpo da vítima - um ambigrama, uma palavra que pode ser lida tanto de cabeça para cima quanto de cabeça para baixo - é dos Illuminati, uma poderosa fraternidade, considerada extinta há 400 anos.
   A antiga sociedade ressurgiu disposta a levar a cabo a lendária vingança contra a igreja Católica, seu inimigo mais odiado. De posse de uma nova arma devastadora, roubada do centro de pesquisas, ela ameaça explodir a cidade do Vaticano e matar os quatro cardeais mais cotados para a sucessão papal.
   Correndo contra o tempo, Langdon voa para Roma junto com Vittoria Vetra, uma bela cientista italiana. Numa caçada frenética por criptas, igrejas e catedrais, os dois desvendam enigmas e seguem uma trilha que pode levar ao covil dos Illuminati - um refúgio secreto onde está a única esperança de salvação da igreja nesta guerra entre ciência e religião.
   Em Anjos e Demônios, Dan Brown demonstra novamente sua extraordinária habilidade de entremear suspense com fascinantes informações sobre ciência, religião e história da arte, despertando a curiosidade dos leitores para os significados ocultos deixados em monumentos e documentos históricos.

Minha opinião

   Anjos e Demônios é um livro fascinante. Ele possui 461 páginas - grande - mas é tão bem escrito, que sua leitura é fácil e prazerosa. É uma obra de ficção; uma trama que se passa em 24 horas, dividida em 137 capítulos e repleta de mistérios envolvendo a igreja Católica e a ciência, o bem e o mal.
   O autor mesclou muito bem religiosidade, sociedades secretas, ciência, tecnologia e história da arte e, despertou minha curiosidade com a descrição de tantos detalhes e suspense, me envolvendo de tal forma que não conseguia parar de ler, mesmo sabendo o final da história - eu assisti o filme antes de ler o livro.
   Dan Brown foi extraordinário em quase todo o enredo e digo "quase", porque, na minha opinião ele errou em descrever o tempo que algumas ações levaram para serem realizadas. Entendam, toda a trama se passa em 24 horas - como descrito acima - e todos os capítulos enfatizam bem o horário, cronometrando tudo. Em alguns capítulos o autor descreve ações demais para tempo de menos e mesmo sabendo que é uma obra de ficção, me decepcionei um pouco, pois, todo o livro foi escrito com detalhes para que se parecesse real e nestes capítulos evidencia-se a ficção. Para mim, foge ao estilo da história.
   Este foi o primeiro livro de Brown que eu li e digo que adorei. Eu me decepcionei em uns poucos capítulos, sim, mas nenhuma decepção foi maior que o fascínio que senti lendo esta obra. Eu indico.

Algumas frases e trechos do livro

"As vezes, para encontrar a verdade, é preciso remover montanhas."

"...Alguém explicara a ela que o gênio aceita outro gênio incondicionalmente."

"A ciência e a religião não estão em desacordo. É que a ciência ainda é muito jovem para compreender"

"...O mundo real está diante de nós esta noite. Seria uma ilusão ignorá-lo. Orgulho e precedência não podem obscurecer a razão."

Sobre o autor