Há algum tempo eu venho pensando sobre isso e, em uma de minhas viagens pelo mundo virtual, encontrei um artigo bem interessante sobre o bem e o mal de ser ler. Eu adoro ler e leio de tudo; livros, revistas, jornais, propaganda... e até bula de remédios, e sou a primeira a erguer a bandeira da leitura e gritar aos quatro cantos que ler faz muitíssimo bem, mas, como tudo nessa vida tem seu lado bom e ruim, ler não podia ser diferente.
O autor deste artigo é Antonio Ozaí da Silva, docente na Universidade Estadual de Maringá/PR, doutorado em Educação (FEUSP) e membro do Núcleo de Estudos de Ideologia e Lutas Sociais (NEILS-PUC/SP). Antonio relata seu amor pela leitura, e descreve sobre o mal que a mesma pode ocasionar ao leitor, citando, como exemplo, autores e indivíduos que enlouquecera por lerem em excesso.
O Artigo tem um texto bem elaborado, porém é um pouco extenso e, como sei que muitos, ao se depararem com um texto tão longo já o descartam de primeira, vou citar aqui no blog alguns trechos que achei interessante. O link para a leitura completa do artigo é este aqui, aos que não se intimidam com vários parágrafos repletos de palavrinhas, boa leitura!
"Como é grato e nos enche de contentamento descobrir, em meio aos milhares de exemplares, um livro que nos chama a atenção, que nos convida à leitura ou simplesmente contribui para o nosso engrandecimento intelectual."
"Forma e conteúdo amalgamam-se e nos remete para além do nosso ser."
"...detenho-me com admiração diante das palavras esculpidas no papel. Sim, trata-se mesmo de uma obra de arte! São palavras que marcam profundamente o ser, que nos fazem refletir sobre a beleza e a simplicidade do viver."
"Com efeito, o embaraço linguístico é, em geral, um exercício de arrogância, de pose acadêmica, relacionado à necessidade do intelectual em querer firmar-se pelo status."
"Admiro, sobretudo, a capacidade dos que escrevem de maneira bela e inteligível sobre a complexidade da vida. Os que expressam as tragédias e alegrias humanas, com as quais, em qualquer época e lugar, nos identificamos. No fundo, mudam os tempos, os costumes e os governos, mas, em essência, permanecemos os mesmos. Daí a admiração em relação a estes autores que compreendem a alma humana. Seus personagens nos dizem respeito; é da vida que eles nos falam."
"A literatura arrebata o espírito e nos permite um aprendizado prazeroso em todos os aspectos: histórico, político, social, cultural etc."
"...não quero tornar-me um “camundongo comedor de papiros” e sucumbir à realidade dos livros. Receio que a vida, em toda a sua plenitude, com o belo e o horripilante, o bem e o mal, o agradável e o execrável, as pequenas alegrias e as enormes tristezas etc., se esvaeça e se restrinja ao mundo imaginário e fantasmagórico dos personagens e situações descritas nos livros."
"E então esquecemos de nós próprios e mergulhamos no mundo dos livros..."
"Sorte de quem percebe o risco do delírio causado pelo excesso de leituras ou tem um amigo que lhe adverte do mal que padece."
"O leitor obsessivo sacraliza os livros, transforma-os em seu código de conduta, seu assunto permanente, faz desta relação uma espécie de culto ao erudito."
"Ler é essencial, prazeroso e nos faz bem. Porém, pode fazer muito mal. Depende da nossa capacidade de interagir com a realidade que nos cerca, de não nos deixarmos cair na tentação elitista e desconsiderar o mundo e a cultura não erudita."
O autor deste artigo é Antonio Ozaí da Silva, docente na Universidade Estadual de Maringá/PR, doutorado em Educação (FEUSP) e membro do Núcleo de Estudos de Ideologia e Lutas Sociais (NEILS-PUC/SP). Antonio relata seu amor pela leitura, e descreve sobre o mal que a mesma pode ocasionar ao leitor, citando, como exemplo, autores e indivíduos que enlouquecera por lerem em excesso.
O Artigo tem um texto bem elaborado, porém é um pouco extenso e, como sei que muitos, ao se depararem com um texto tão longo já o descartam de primeira, vou citar aqui no blog alguns trechos que achei interessante. O link para a leitura completa do artigo é este aqui, aos que não se intimidam com vários parágrafos repletos de palavrinhas, boa leitura!
"Como é grato e nos enche de contentamento descobrir, em meio aos milhares de exemplares, um livro que nos chama a atenção, que nos convida à leitura ou simplesmente contribui para o nosso engrandecimento intelectual."
"Forma e conteúdo amalgamam-se e nos remete para além do nosso ser."
"...detenho-me com admiração diante das palavras esculpidas no papel. Sim, trata-se mesmo de uma obra de arte! São palavras que marcam profundamente o ser, que nos fazem refletir sobre a beleza e a simplicidade do viver."
"Com efeito, o embaraço linguístico é, em geral, um exercício de arrogância, de pose acadêmica, relacionado à necessidade do intelectual em querer firmar-se pelo status."
"Admiro, sobretudo, a capacidade dos que escrevem de maneira bela e inteligível sobre a complexidade da vida. Os que expressam as tragédias e alegrias humanas, com as quais, em qualquer época e lugar, nos identificamos. No fundo, mudam os tempos, os costumes e os governos, mas, em essência, permanecemos os mesmos. Daí a admiração em relação a estes autores que compreendem a alma humana. Seus personagens nos dizem respeito; é da vida que eles nos falam."
"A literatura arrebata o espírito e nos permite um aprendizado prazeroso em todos os aspectos: histórico, político, social, cultural etc."
"...não quero tornar-me um “camundongo comedor de papiros” e sucumbir à realidade dos livros. Receio que a vida, em toda a sua plenitude, com o belo e o horripilante, o bem e o mal, o agradável e o execrável, as pequenas alegrias e as enormes tristezas etc., se esvaeça e se restrinja ao mundo imaginário e fantasmagórico dos personagens e situações descritas nos livros."
“É que não se pensa em nada (...), e as horas passam. Sem se sair do lugar, passeia-se por países imaginários, e o pensamento, enlaçando-se com a ficção, demora-se em pormenores, segue o contorno das aventuras. A gente roça pelos personagens e até parece que se palpita sob os seus trajes”. (Flaubert, 2003: 102-103)"
"...Dom Quixote, de tanto ler, enlouqueceu."
"Sorte de quem percebe o risco do delírio causado pelo excesso de leituras ou tem um amigo que lhe adverte do mal que padece."
"O leitor obsessivo sacraliza os livros, transforma-os em seu código de conduta, seu assunto permanente, faz desta relação uma espécie de culto ao erudito."
"Ler é essencial, prazeroso e nos faz bem. Porém, pode fazer muito mal. Depende da nossa capacidade de interagir com a realidade que nos cerca, de não nos deixarmos cair na tentação elitista e desconsiderar o mundo e a cultura não erudita."